sábado, 21 de setembro de 2013

Adaptação

Preparação da criança

A criança não deve ser levada ao infantário sem que antes se explique o que é um infantário, quais as actividades que as crianças fazem, etc. As explicações demasiado detalhadas podem gerar medo e insegurança, especialmente se estes forem sentimentos que os pais estão a vivenciar. As explicações devem ter sempre uma componente positiva (vais conhecer outros meninos, vais ter com quem brincar, há muitos brinquedos giros…).A criança deve fazer uma visita ao infantário, para se começar a ambientar ao espaço e para conhecer as educadoras. Se ele gosta de pintura, leve-o ao espaço dos trabalhos manuais. Procure os brinquedos e mostre-lhe aqueles que sabe que ele vai gostar.Ainda durante as férias comece por estabelecer rotinas matinais, para que a criança não tenha que viver todas as mudanças de uma só vez.

Estar com outras crianças


Mesmo durante as férias, os pais devem criar condições para que os filhos possam interagir com crianças da mesma idade. Na praia ensine o seu filho a iniciar uma conversa com outra criança e mostre como pode convidar o outro para brincar. No fim-de-semana combine com amigos, primos ou vizinhos alguns lanches. Nas festas de anos, não recuse os convites.Antes da entrada para o infantário procure saber se o seu filho conhece alguma criança que ficará na mesma sala. Estimule encontros e brincadeiras antes do início do ano lectivo.

Evitar outras mudanças
A entrada para o infantário já é uma mudança muito significativa na vida da criança. Tirar a chucha, as fraldas, mudar de quarto, trocar a cama e outras alterações devem ser evitadas nesta fase. O nascimento de um irmão, a morte de um familiar ou de um animal de estimação e a separação dos pais são momentos particularmente difíceis para a criança.

Medo da separação

A criança mostra geralmente alguns sinais que confirmam a recusa em separar-se dos pais. Muitas vezes, este medo estende-se aos pais e, em alguns casos, o medo que os pais sentem em separar-se do filho é maior do que o medo do filho em separar-se dos pais. Neste caso é fundamental que os pais aprendam a controlar-se e que procurem ajuda especializada se verificarem que não estão a conseguir lidar com a situação. Este problema afecta mais as mulheres, especialmente quando tiveram dificuldades em engravidar, foram vítimas de aborto espontâneo, têm tendência para a depressão e outros problemas psicológicos.
Devem ser evitadas: despedidas demasiado prolongadas, sair sem ser visto, regresso dos pais ao infantário 5 minutos depois da criança entrar, choro dos pais em frente à criança, obrigar a criança a entrar com gritos e palmadas, pedir à educadora para tirar a criança do colo da mãe.

O choro nos primeiros dias

Outro aspecto interessante tem a ver com o choro da criança. O facto de a criança chorar não significa que não goste de ir para o infantário e trata-se de um comportamento normal, de adaptação a uma situação nova. Por oposição, quando uma criança vive friamente todas estas mudanças, isso não significa que esta esteja a adaptar-se perfeitamente.

Alguns comportamentos esperados


Por vezes a criança pode regredir durante algum tempo. Esta regressão pode manifestar-se através da necessidade da chucha, dificuldade em manter os padrões de sono, fazer xixi na cama, etc. Quando os pais regressam, algumas crianças oscilam entre reencontros cheios de afecto e comportamentos agressivos, outras simplesmente ignoram os pais.

Chegar a horas

É muito importante que os pais organizem os seus horários para que possam ir buscar a criança à hora combinada. O final do dia pode trazer ansiedade, especialmente se a criança percebe que os pais dos seus colegas já os foram buscar. Imprevistos acontecem, mas se tiver que chegar mais tarde avise antecipadamente. O medo do abandono é normal e é muito importante para a criança sentir segurança e ter a certeza que os pais a vão buscar no final do dia.

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